Wednesday, June 3, 2009

PASSAGEM PROIBIDA


Porque fechas as cortinas à noite? Não sabes que é maior a noite que o teu Ser?
Porque temes abraçar o mundo: viver? Não sabes que é maior a vida que o abraço?

Porque esperas – esperas infinitas – por quem nunca merecerá o teu Sentir?
Desbloqueia as janelas que impedem a tua Alma de se abrir - ainda que tenhas de habitar lugares perdidos, passagens proibidas – saibas sempre: sempre sorrir.
Ainda que o sorriso apenas, dentro de ti, aconteça.
E aos olhos dos outros ele esmoreça.
Reinventa mundos: cria sorrisos.
Saibas sempre que existem dois lados para uma mesma coisa: a janela que se abre, também se fecha.
Porque um sorriso por detrás de uma cortina é um abraço à espera que aconteça.

Friday, May 29, 2009

A dança do louco.


E há furtos que nada mais são do que frutos de Amor: nas mãos dos que sonham! Há Homens e cada Homem tem o tamanho do seu abraço (seu sentir). Há danças e há os que assistem à dança dos que dançam, sem saber, uma dança dentro de si.
Em comum nos frutos e nos furtos, nas danças e não danças (contra – danças da vida): o Amor que cada Ser carrega em si: dádiva inata – simples dívida quando não há partilha, quando o Amor não dança e o furto permanece.
Que sempre te seja permitido sonhar. Sempre. Mesmo. E que neste sonho a vida valse.
Que o Sonho seja um dois de espadas, um ás de copas, um três de paus, um dois de ouros ou um três de ouros e que o louco que sonha não pare nunca de dançar.
Mesmo que esta dança seja, ao olhar dos outros, um furto à razão.

Monday, May 25, 2009

Almas pintadas pelo mesmo Sentir


E nesse teu mundo, que às vezes também é meu, existem pássaros, confidentes do teu Sentir. Existem folhas cadentes, estrelas de um outro céu: o teu céu que às vezes também é meu. Existe um mundo para lá de todos os sentidos e de todos os que sentem: mundo teu, mundo nosso.
E nesse chão que ambas pisamos: tu com as sandálias brancas, rasas, de uma só tira de couro e eu descalça, sempre descalça, percorremos caminhos à espera de lugares onde as nossas Almas possam entrar, onde elas possam morar ou apenas, breves eternos momentos, ficar. Ficar como quem fica num sonho ainda depois de acordado: um sonho recordado.
Esses muros: pedras gastas do Tempo testemunham os bocados de Sentir: do teu Sentir, do meu também. Esse vestido da cor do sonho que envergavas na tua infância e que ainda hoje envergas: só tu sabes, só tu sentes, só tu vês. Ninguém sabe que ainda estás presa na infância. Ninguém sabe os sentidos que enclausuras em ti e te recusas a libertar. Apenas tu, pequena grande rainha, princesa aos olhos teus.
As coisas que moram em nós, no mais profundo do Ser jamais mostramos aos que se recusam Sentir. As mesmas coisas que moram no rés-do-chão do teu olhar: olhar de mil encantos, de mil quebrantos – tesouro infinito.

Tu és tela de mil sentidos, pintura inacabada. Ou simples pauta por encetar. Brisa celeste nas mãos do Vento. Os teus pensamentos voam de mãos dadas com o meu Sentir porque te conheço a Alma: igual à minha: Almas pintadas pelo mesmo Sentir.

Monday, May 18, 2009

Guardião da Lua:


Em Nome de tudo o que protege um Ser eu invoco as forças do que te pode guiar.
Percorrerás caminhos onde a escuridão será maior que o dia mas continuarás sempre sem cessar.
Nem a voz do galo ou o piar do mocho te impedirão de caminhar. Ainda que faminto ou roto e que a Vida tenha feito de ti um maltrapilho – de vestes remendadas e pouco apresentáveis – nunca o serás aos olhos dos que lutam a teu lado. Mesmo os que se escondem e apenas a ti se juntam com desejos de bem-querer.
Tens a Lua como rainha. Soberana dos teus segredos. Coroaste-a com os teus sentidos e sem voltar atrás porque um bom cavaleiro, guardião ou senhor jamais retrocede no seu sentir, continuas a luta: conquistas sentidos.
Nessa cartografia que tens dentro de ti, cartografia íntima, tatuas linhas que a Lua ordena.
Fazes dos orvalhos da manhã gotas suculentas de prazer ou apenas tinta que usas nas páginas onde desenhas os teus sonhos. Tudo sob a vontade da Lua. A Lua, doce cortesã. A mesma que tu guias e que te guia: sem jamais perder cada traço ou simples rasto que deixas no teu caminhar.
Serás o Último dos heróis sobre a Terra: já não há heróis espirituais. Já não há amor pelas Glórias imortais: sentimentos que tudo valem, que tudo merecem e que poucos conhecem ou ousam conhecer.
Em Nome de tudo o que existe e do que não teve lugar na existência: daquilo que foi apenas um caminho, sem nunca se tornar um lugar – todos devemos ousar Ser um Lugar nos caminhos de alguém - eu te nomeio Príncipe dos Sentidos, rei dos maltrapilhos, cortesão dos bosques e das matas e serras, senhor sem castelo.
Eu te nomeio, com esta espada, Guardião da Lua, herdeiro do Escritor, do primeiro escritor que a Terra viu e de mim se esqueceu. Mas tu, jamais te esquecerás de me guardar, de me honrar, de perseverar nas tempestades em nome de mim.
Faço de ti um senhor cujas vestes nada valem, cujo sentir está na espada que guardarás como um utensílio, não de guerra mas de Paz: arma de defesa dos Sentidos. A ela recorrerás nos momentos de dor, pura aflição: serão imensos. Muitos. Mesmo. Infinitos.
Nesses momentos colherás todo o Sabor da existência: serão caminhos, conduzir-te-ão aos lugares mais recônditos dos sentidos: aqui serás Senhor.
Este é o teu reino: reino da dor. Reino da expiação. Reino do sofrer como provação.

Wednesday, May 28, 2008

RASCUNHO DO SER

"Nem papoila nem mandragora, nem todos os xaropes narcoticos do mundo jamais te devolverao esse doce sono que ontem tinhas." Shakespeare, in Otelo

Aos frutos que nos prendem a Alma,


Quem disse que tudo nao começa no Olhar? Olhar enfeitiçado, picada de encantos... Numa jarra de Vidro deixei as arterias do meu Sentir, tingi de vermelho as lagrimas que me entranham o Ser... Ah, se a Vida pudesse devolver-me a Magia, se a Vida me pusesse perto de ti, sorriria todas as Noites, sem par! Sao vultos, fantasmas nas maos do Tempo que sempre me assustaram e voltam para me mostrar que a ascese do Amor e ardua batalha onde o sangue abunda e os espinhos ferem o Ser... Mas, tao flexivel e a Vida, Dadiva de deuses, revela-me segredos ocultos, mostra-me espadas de dois gumes e diz-me que as espadas sao sempre as mesmas, porem serena e sabia devera Ser a mao que as toca. Tudo passa pelo toque. Sente-se um aperto no Coraçao quando nao tocamos com Amor, sentimos um Rascunho do Ser...


-Ajuda-me Senhor a Caminhar! Devolve-me ao jardim onde pude encontrar a felicidade, onde me entregaram petalas de rosa vermelha, sem espinhos... Leva-me ao local sagrado onde deixei o Amor. Peço-te, aceita esta prece, vem directa do Coraçao... Ha nuvens que me acompanham desde a infancia, dao colorido ao meu Sentir mas, hoje cansei-me de continuar o Caminho com esta tunica branca que cobre o meu Ser... Nao importa que lhe chames Nuvem, vestido de noiva ou de fada de mil encantos... Saibas que muitos nomes tem quem ama, mais valor o lugar onde o Amor morou e nestas vestes, pedaço de tecido branco, uma Nuvem tatuou...


Protege-te o Gato da Sorte, minorando o teu Sofrer. Ouvem-te as pedras, nesse chao que os teus pes descalços pisam, abrem-se flores ao teu passar, curva-se o Sol so de te ouvir falar... Ao olhar-te, julga o Dia ver o Anjo que nao subiu ao Ceu... Uma grinalda de Violetas, o roxo da paixao, esta dentro de ti, jamais solitario deixara teu Coraçao... Nao precisas de seguir a lenda, antiga crença popular que aconselhava que se comessem as tres primeiras Violetas encontradas num bosque como remedio preventivo contra todas as doenças, porque trazes uma grinalda delas esculpida em ti e sabes que nunca isso podera esta dadiva, para muitos doença, afastar porque quando e Sentida nao ha flor que a consiga travar...


Se como uma flecha me vires passar, saibas que vim para te Amar... Esse motivo foi que na Terra me fez ficar... Cuida bem do teu Anjo, ele jamais ao Ceu ha-de chegar, so por Ti, por te Amar...

Monday, May 26, 2008

RITMO DA TERRA

"Passem-se dias, horas, meses, anos; Amadureçam as ilusoes da vida; Prossiga ela sempre dividida; Entre compensaçoes e desenganos... Diminuam os bens, cresçam os danos... Que grande e este amor meu de criatura." Vinicius de Moraes, in Soneto de Aniversario

Aos mendigos da Vida, pedintes de Amor...

Ha uma Terra, sagrado Humus, em pousio que procura Amor. Terra sem repetiçao. Ha no Amor um espaço aberto aos Sentidos, mesmo os mais perdidos, que enceta uma caminhada a procura do doce Sabor. Coraçao que nao cresce, de limites padece e o Anjo que nele nasceu, enfraquece o Sentir... Homem, onde deixaste o Viver? Nao sabes tu que a vida e uma cena, que o Dramaturgo de enganos, Comediante de Nadas, Poeta de estilhaços, Musico que desenha partituras ao Vento, Arquitecto de esquissos do Sentir, as vezes nao e como tu o desenhaste e esculpiste dentro do teu majestoso e sublime Ser? Dança a dança da Lua, acredita que um dia o teu Sol ha-de chegar. E quando o avistares mesmo ao longe, o Vento o seu cheiro te fara Sentir, o teu Coraçao começara a abrir e as maos formularao pedidos para que te abrace e possas Sempre Sorrir... Havera maior dadiva que a do Ser e Sentir?

Acredita, pois a Magia nasce do bem-querer e repousa no confiar naquilo que a Vida te podera um Dia ofertar... Sente, porque o Amor existe na magia de um Olhar, num gesto perdido, numa Noite de desenganos que a Aurora promete o negro e denso veu destapar...

Tuesday, April 29, 2008

STEVE'S LAST ADVENTURE


Steve Irwin, a real wildlife warrior. An Australian myth and wildlife expert. A true passionated man, an ambassador of nature wildlife. He was married with Terri Irwin and they were both interested in the conservation of the species. A couple of wild dreamers, true Human Beings... Crocodiles are our modern- day dinossaurs, many species of crocodiles and alligators are classified as vulnerable or extinct. Steve was a really crocodile living in a man's body with a wild heart. His nickname stills "The Crocodile Hunter". Because he stills one in our minds and hearts. He was also involved in several projects and media campaigns. On September 4, 2006 Steve was fatally pierced in the chest by a Stingray spine while snorkeling at the Great Barrier Reef in Queensland. He was in this place filming his own documentary when the accident has made history.